quarta-feira, 18 de junho de 2008

Fernando Pessoa 120 Anos (1888 - 2008)

"Posso ter defeitos,
viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas,
não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo,
e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,
incompreensões e periodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um Oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica,
mesmo que injusta.
Pedras no caminho?

Guardo todas,
um dia vou construir um castelo..."


Fernando Pessoa

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Deepak Chopra feat. Demi Moore - Desire

Banida - Jasvinder Sanghera


Muitas podem ser as razões que nos levam a comprar um livro: alguém nos aconselhou; lemos ou ouvimos falar dele; procuramos um livro de determinado assunto; temos de o comprar devido aos estudos; etc. etc. etc.
Eu comprei este pelas cores da capa. A primeira atracção foi pelas cores, só depois procurei o assunto.
Pelo título percebi tratar-se de um assunto que me interessa, a discriminação, em pleno século XXI, da mulher.
Como é possível que se continue a discriminar um ser humano pelo simples facto de ser mulher?!
Não interessa que tipo de pessoa é, o que faz ou o que sente, é simplesmente mulher e por isso é discriminada.
Como é possível que seres humanos discriminem outros seres humanos sem se lembrarem que, (sem contar com milhares de outras razões igualmente pertinentes), vieram ao mundo porque esses seres humanos que discriminam os geraram e os amaram incondicionalmente mesmo antes de saberem que género de ser humano ia nascer e em que tipo de ser humano se iria tornar.
A autora deste livro conta-nos como foi banida da sua família pelo simples facto de não aceitar o casamento que lhe arranjaram pois queria muito estudar e realizar coisas que estavam banidas ás mulheres da sua etnia.
Jaasvinder nasceu em Inglaterra, filha de pais indianos. Vivia feliz, tentando conciliar os hábitos e costumes da cultura indiana com os hábitos e costumes dos seus amigos e vizinhos ingleses.
Por volta dos 14 anos a Mãe mostra-lhe uma fotografia de um homem mais velho e anuncia que em breve ela partirá para a Alemanha para se casar com um Indiano mais velho.
Jaasvinder vê-se obrigada a fugir, a esconder-se e a trabalhar. Foi banida pela família e pela comunidade. Os pais deixaram de lhe falar e as irmãs nem um olhar com ela trocavam. Nem o suicídio de uma das irmãs, que era constantemente maltratada pelo marido e que por diversas vezes pediu ajuda aos pais, os fez perdoarem-lhe a ousadia que ela teve de escolher o que pensava ser melhor para ela.
Jaasvinder apercebe-se que as mulheres da sua comunidade são muito maltratadas e que não conseguem pedir ajuda pois a maior parte não fala nem entende a língua inglesa.
Estudou ao mesmo tempo que trabalhava, casou duas vezes, teve três filhos e conseguiu licenciar-se aos 29 anos. Fundou o “Karma Nirvana”, uma fundação que, além de um abrigo para mulheres asiáticas, também ajuda na divulgação dos direitos das mulheres, vítimas de casamentos forçados, violência doméstica e crimes de honra.
Jaasvinder Sanghera foi agraciada com vários prémios de índole social e humanitária pela sua luta pelos direitos humanos das mulheres asiáticas em Inglaterra.