terça-feira, 14 de agosto de 2012

A Voz do Silêncio - Helena P. Blavatsky

“Não podes avançar no Caminho enquanto não te tornares, tu próprio, esse Caminho”
Sendo eu Mulher, sentido ainda algumas das dificuldades impostas pelos milénios de discriminação que ainda vamos sofrendo numa sociedade patriarcal, acho notável que uma Mulher nascida em 1831, na Rússia tenha sido escritora, filósofa, teóloga e fundadora da Sociedade Teosófica, que há mais de cem anos promove: a formação de uma fraternidade Universal sem distinção da cor, do credo, do sexo ou da casta; a investigação das leis não explicadas da Natureza e os poderes latentes do Ser Humano; o estudo comparado da religião, da filosofia e da ciência. O lema da Sociedade é: ”Não há Doutrina superior á verdade.” Depois de um casamento falhado, Helena viaja pelo mundo em busca de conhecimento filosófico, espiritual e esotérico, entrando em contacto com vários mestres e desenvolvendo os seus dons psíquicos. Nos Estados Unidos fundou a Sociedade Teosófica e foi sempre uma figura muito polémica devido aos seus dons pois muitos a acusavam de embusteira. Numa altura em que a religião começava a ser desacreditada pela Ciência, Blavatsky oferece caminhos de diálogo incentivando a pesquisa científica, o pensamento independente e a crítica da fé cega através da razão. Pelas mãos de Fernando Pessoa chega-nos a tradução de um dos seus livros. Considerado a obra-prima da tradição espiritual do oriente “ A Voz do Silêncio” traça, em linguagem poética, um mapa do Caminho que leva á iluminação. Ensina a ouvir tudo o que vem do nosso interior como sendo o verdadeiro GPS desta viagem de autoconhecimento em que embarcamos no momento em que nascemos. Esta obra inspirou Tolstói, James Joyce, Carl Jung, Albert Einstein, Ghandi, Kandinsky, Fernando Pessoa e continua a inspirar todos os que procuram a verdade e a iluminação. Iluminem-se!!!!!

domingo, 15 de abril de 2012

Reiki Essencial - Diane Stein


Até á relativamente pouco tempo, pouco ou quase nada se sabia desta terapia. Apesar de ser um sistema de cura que remonta a centenas, talvez até a milhares de anos (acredita-se que Buda já o utilizava), esteve esquecido até ao final do séc. XIX quando Mikao Usui empreendeu uma busca exaustiva para perceber como era possível curar com as mãos.
Durante muito tempo o Reiki só foi ensinado a alguns alunos, escolhidos pelo próprio mestre, pois acima de tudo é preciso que o aluno compreenda a dádiva que é possuir tal ensinamento.
O Reiki foi trazido para o ocidente por volta de 1938 por uma mulher a Sra. Takata. Até á sua morte em 1980 ela só formou 22 Mestres em Reiki. Até essa altura fazer a formação em Reiki era muito difícil, quase proibitivo devido ao elevado valor dos cursos.
Nos finais dos anos oitenta, Diane Stein sentiu que havia uma grande necessidade de divulgar este sistema de cura. Não fazia mais sentido que só alguns “eleitos” tivessem esse conhecimento pois a energia do Reiki é universal e está ao alcance de todos. A parte mais importante que, a meu ver, se aprende é a Auto cura, onde percebemos que a responsabilidade do nosso bem estar é só nossa.
Desde os anos noventa que assistimos a um “despertar” para a energia que nos rodeia, nos preenche. Para a forma como somos afetados pelo ambiente que nos rodeia: as pessoas, os animais, a natureza, o tempo, etc.
Neste livro a autora desmistifica e simplifica este sistema de cura que pelo toque reabastece e reequilibra a energia do corpo, estimulando a sua capacidade inata de cura.
Não sendo um meio de diagnóstico, o Reiki, integrado ou não com outras terapias, tem-se revelado extremamente eficaz no equilíbrio do corpo físico e emocional.
A leitura do livro não dispensa o curso, pois sem se ser iniciado nesta prática por um Mestre não nos tornamos praticantes. Este livro serve para os curiosos perceberem o que é e para que serve; para os alunos e mesmo para os Mestres serve como manual para estudo.
Como praticante deste fabuloso sistema terapêutico aconselho a todos esta milenar prática que me ajudou a encontrar o meu equilíbrio interior e que com muita alegria divulgo pois acredito que o mundo fica um pouquinho melhor sempre que alguém é iniciado e encontra o seu próprio equilíbrio.
Boa Leitura!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Anjos nos meus cabelos - Lorna Byrne


Com tantos “Velhos do Restelo” a anunciarem uma crise, nada como acreditarmos que não estamos sós e que somos acompanhados por Anjos que nos inspiram e nos mantém em segurança.
Lorna Byrne, uma discreta dona de casa irlandesa, vê Anjos desde sempre e no início julgava que todos possuíam esse dom. À medida que foi crescendo apercebeu-se de que não era bem assim, que a maioria das pessoas ignorava a presença dos Anjos e nunca lhes pedia ajuda.
Nesta autobiografia a autora conta-nos como foi o seu crescimento, entre o que ia aprendendo com as pessoas e com toda a orientação que os Anjos lhe davam.
Com o seu testemunho ficamos a perceber como podemos sentir a presença desses seres magníficos que nos acompanham. Principalmente o nosso anjo-da-guarda que desde antes do nosso nascimento e até depois da nossa morte nunca nos abandona e nos guarda o nosso corpo e a nossa alma.
Não vejo Anjos mas acredito que além dos nossos Anjos-da-guarda temos infinitos Anjos, que ás vezes até são de carne e osso, e que nestes momentos em que o futuro parece incerto e a luz da esperança parece enfraquecer são fundamentais para que a nossa Fé se mantenha viva, o amor cresça dentro nos nossos corações e assim também nós nos tornemos Anjos para os outros.
Boa Leitura!
- Mestre, o que hei-de fazer para não me aborrecer com as pessoas? Umas falam demais, outras são ignorantes... Outras são indiferentes. Fico indignado com as mentirosas! Sofro com as dissimuladas...
- Pois bem, vive como as flores! - advertiu o mestre.
- Como é viver como as flores? - perguntou o colaborador.
- Repara nestas flores... - continuou o mestre, apontando para uns lírios que cresciam no jardim.
- Elas nascem no estrume, no entanto, são puras e perfumadas! Extraem do adubo malcheiroso tudo quanto é útil e saudável para elas, mas não permitem que a amargura da terra lhes manche a frescura das pétalas... É justo que alguém se angustie com as suas próprias culpas... Mas não é sábio permitires que os vícios dos outros te importunem. Os defeitos deles são deles e não teus. Se não são teus, não há razão para te aborreceres. Experimenta antes a virtude de rejeitares todo o mal que vem de fora. Isso é viver como as flores!!!

A Pequena Alma e o Sol - Neale Donald Walsch


- Eu sei quem sou!

E Deus disse:

- Que bom! Quem és tu?

E a Pequena Alma gritou:

- Eu sou Luz!

E Deus sorriu.

- É isso mesmo! - exclamou Deus. - Tu és Luz!

A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas do Reino deveriam descobrir.

- Uauu, isto é mesmo bom! - disse a Pequena Alma.

Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe chegava. A Pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era. Então foi ter com Deus e disse:

- Olá, Deus! Agora que sei Quem Sou, posso sê-lo?

E Deus disse:

- Quer dizer que queres ser Quem já És?

- Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é sê-lo mesmo. Quero sentir como é ser a Luz! - respondeu a Pequena Alma.

- Mas tu já és Luz - repetiu Deus, sorrindo outra vez.

- Sim, mas quero senti-lo! - gritou a Pequena Alma.

- Bem, acho que já era de se esperar. Tu sempre foste aventureira - disse Deus com uma risada.

Depois a sua expressão mudou.

- Há só uma coisa...

- O quê? - perguntou a Pequena Alma.

- Bem, não há nada para além da Luz. Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és. Por isso, não vai ser fácil experimentares-te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas.

- Hã? - disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.

- Pensa assim: tu és como uma vela ao Sol. Estás lá sem dúvida. Tu e mais milhões, zilhões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria o Sol sem vocês. Não seria um sol sem uma das suas velas... e isso não seria de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E, no entanto, como podes conhecer-te como a Luz quando estás no meio da Luz? - eis a questão.

- Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! - disse a Pequena Alma mais animada.

Deus sorriu novamente.

- Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão - disse Deus.

- O que é a escuridão? perguntou a Pequena Alma.

- É aquilo que tu não és - replicou Deus.

- Eu vou ter medo do escuro? - choramingou a Pequena Alma.

- Só se o escolheres. Na verdade, não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos inventando tudo. Estamos fingindo.

- Ah! - disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.

Depois, Deus explicou que, para se experimentar o que quer que seja, tem de aparecer exatamente o oposto.

- É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é - disse Deus - Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, - continuou Deus - quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão. Sê antes uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então, saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial!

- Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? - perguntou a Pequena Alma.

- Claro! - Deus riu-se. - Claro que podes! Mas lembra-te de que "especial" não quer dizer "melhor"! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! Só que muitos se esqueceram disso. Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!

- Uau - disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando. - Posso ser tão especial quanto quiser!

- Sim, e podes começar agora mesmo - disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Pequena Alma - Que parte de especial é que queres ser?

- Que parte de especial? - repetiu a Pequena Alma. - Não estou entendendo.

- Bem, - explicou Deus - ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes. É especial ser bondoso. É especial ser delicado. É especial ser criativo. É especial ser paciente. Conheces alguma outra maneira de ser especial?

A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento.

- Conheço imensas maneiras de ser especial! - exclamou a Pequena Alma - É especial ser prestativo. É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso com os outros.

- Sim! - concordou Deus - E tu podes ser todas essas coisas, ou qualquer parte de especial que queiras ser, em qualquer momento. É isso que significa ser a Luz.

- Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! - proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. - Quero ser a parte de especial chamada "perdão". Não é ser especial alguém que perdoa?

- Ah, sim, isso é muito especial, assegurou Deus à Pequena Alma.

- Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa. Quero experimentar-me assim - disse a Pequena Alma.

- Bom, mas há uma coisa que devias saber - disse Deus.

A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente. Parecia haver sempre alguma complicação.

- O que é? - suspirou a Pequena Alma.

- Não há ninguém a quem perdoar.

- Ninguém?

A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.

- Ninguém! - repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta.

Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que tinha se aproximado. Outras almas tinham vindo de todos os lados - de todo o Reino - porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava tendo uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles diziam. Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar. Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal forma maravilhosas, e a sua Luz brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.

- Então, perdoar quem? - perguntou Deus.

- Bem, isto não vai ter graça nenhuma! - resmungou a Pequena Alma - Eu queria experimentar-me como Aquela que Perdoa. Queria saber como é ser essa parte de especial.

E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste. Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse:

- Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te - disse a Alma Amiga.

- Vais? - a Pequena Alma animou-se. - Mas o que é que tu podes fazer?

- Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!

- Podes?

- Claro! - disse a Alma Amiga alegremente. - Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.

- Mas por quê? Por que é que farias isso? - perguntou a Pequena Alma. - Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de criar uma Luz de tal forma brilhante que mal posso olhar para ti! O que é que te levaria a abrandar a tua vibração para uma velocidade tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz escura e baça? O que é que levaria a ti, que danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino à velocidade do pensamento, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?

- É simples - disse a Alma Amiga. - Faço-o porque te amo.

A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.

- Não fiques tão espantada - disse a Alma Amiga - tu fizeste o mesmo por mim. Não te lembras? Ah, nós já dançamos juntas, tu e eu, muitas vezes. Dançamos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. Brincamos juntas através de todo o tempo e em muitos lugares. Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau - fomos ambas a vítima e o vilão. Encontramo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exata e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos.- E assim, - a Alma Amiga explicou mais um bocadinho - eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a "má" desta vez. Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar-te como Aquela Que Perdoa.

- Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? - perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa.

- Oh, havemos de pensar em alguma coisa - respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.

Então, a Alma Amiga pareceu ficar séria, e disse numa voz mais calma:

- Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes?

- Sobre o quê? - perguntou a Pequena Alma.

- Eu vou ter de abrandar a minha vibração e tornar-me muito pesada para fazer esta coisa não-muito-boa. Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim. E, por isso, só te peço um favor em troca.

- Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! - exclamou a Pequena Alma, e começou a dançar e a cantar: - Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar!

Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.

- O que é? - perguntou a Pequena Alma. - O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!

- Claro que esta Alma Amiga é um anjo! - interrompeu Deus, - são todas! Lembra-te sempre: Não te enviei senão anjos.

E, então, a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.

- O que é que posso fazer por ti? - perguntou novamente a Pequena Alma.

- No momento em que eu te atacar e ferir, - respondeu a Alma Amiga - no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento...

- Sim? - interrompeu a Pequena Alma - Sim?

A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.

- Lembra-te de Quem Realmente Sou.

- Oh, não me hei de esquecer! - gritou a Pequena Alma - Prometo! Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.

- Que bom, - disse a Alma Amiga - porque, sabes, eu vou estar fingindo tanto, que eu própria vou me esquecer. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar as duas de Quem Somos.

- Não vamos, não! - prometeu outra vez a Pequena Alma. - Eu vou lembrar-me de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva - a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou.

E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser a Luz, que era muito especial, e entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão.

E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível.

E, em todos os momentos dessa nova vida, sempre que uma nova alma aparecia em cena, quer essa nova alma trouxesse alegria ou tristeza - principalmente se trouxesse tristeza - a Pequena Alma pensava no que Deus lhe tinha dito.

"Lembra-te sempre," - Deus aqui tinha sorrido – "não te enviarei senão anjos".

sábado, 22 de outubro de 2011

‎"Era uma vez um grande Samurai que se dedicava a ensinar a arte zen aos
jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de
derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua
falta de escrúpulos apareceu por ali. Queria derrotar o samurai e aumentar
sua fama. O velho aceitou o desafio e o jovem começou a insultá-lo.
Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.
No final do dia, já exausto e humilhado, o guerreiro retirou-se. E os
alunos, surpresos, perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta
indignidade.
- Se alguém chega com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o
presente?
- A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não são aceitos,
continuam pertencendo a quem o trouxe consigo.
A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem
tirar a sua calma; só se você permitir..."