Depois de ler um livro com quase 900 páginas, sinto-me sem palavras para descrever tudo o que este livro me ensinou e me fez sentir.
Uma epopeia de aventuras e desventuras baseadas na própria vida do autor, este romance é sem dúvida uma obra-prima.
Humanamente é uma lição de vida. Espiritualmente é grandioso na sua busca de Deus.
Fugindo da prisão, “Lin” aterra na cidade de Bombaim, mais do que uma descrição da sua nova vida num país completamente diferente da sua Nova Zelândia natal, ele coloca-nos no meio da cidade, dos bairros de lata, dos mercados, dos restaurantes, dos cheiros, das cores, das multinacionalidades que fazem de Bombaim a cidade mais cosmopolita e fervilhante do mundo.
Durante uma visita à aldeia natal de Prabaker, o seu guia e grande amigo, “Lin” recebe o seu bom nome “Shantaram” (homem de paz ou homem da paz de Deus).
Prabaker torna-se no seu professor, mostra-lhe a verdadeira cidade, a cidade obscura dos drogados, traficantes, contrabandista e falsários. “Lin” vai viver para um dos bairros de lata e, sem querer, acaba por se tornar o médico de serviço, pois os seus vizinhos não têm posses para recorrer aos verdadeiros médicos e hospitais. Ele é aceite por todos como um igual, compartilha das suas misérias e alegrias. Mostra-nos como é possível sermos felizes e amarmos, mesmo quando só possuímos a roupa que trazemos vestida e quando não sabemos se amanhã teremos o que comer.
“Lin” apaixona-se por Karla, uma estrangeira que adoptou a cidade como sua. Por causa dela vai ser preso, torturado e humilhado numa das piores prisões da Índia, onde a população prisional ultrapassa grandemente a prevista e onde se tem de lutar, não só com os outros presos mas também com os bichos, para sobreviver.
Libertado por amigos, que conseguem pagar para ele não ser deportado, tenta descobrir a razão da sua prisão.
Começa a trabalhar para um senhor da máfia indiana que controla todo o mercado negro, o tráfico de drogas, o tráfico de documentos ilegais, de câmbios, de ouro e de prostitutas. Sente que não é bem isso que quer mas também não sabe o que procura.
Sem saber muito bem como vê-se no Afeganistão, no meio da Guerra dos Mujaheddin contra as tropas soviéticas.
E mais não conto…
“Uma obra-prima de intimidade, reflexão e entretenimento, com toda a força e ritmo de um bom thriller.” – Daily Telegraph
“Uma saga admirável e gigantesca.” – London Daily Mail
1 comentário:
Olá,
estou a ler o "Shantaram" e considero-o um livro fantástico. É um sério candidato a ser um dos livros da minha vida! Foi na procura de algo mais sobre o seu autor, que encontrei este espaço. Também tenho um blog onde falo, entre outras coisas, de livros.
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