Um querido amigo avisou-me de que este, apesar de ser um livro pequeno, não era um livro fácil.
Á primeira vista é uma linda história de amor, como tantas outras.
A senhora Fusako é uma viúva que reside em Yokohama. Dona da uma conceituada boutique, tem um filho, Noboru, de treze anos. Conhece e apaixona-se por um marinheiro.
Ryuji Tsukazaki é um marinheiro que se apaixona por uma viúva com um filho de treze anos.
Noboru cresceu sem pai e agora a mãe apaixonou-se e a casa onde moram tornou a ter um senhor, quem sabe um pai.
Pois, á primeira vista é assim, mas é incrível como um livro com cento e setenta páginas tem muito mais.
Ryuji Tsukazaki sempre se manteve distante de todos pois sempre achou que estava á espera de ser alguém, de fazer algo grandioso que o aproximasse de Deus, que fizesse com que ele se sentisse especial, se sentisse um herói. Surpreendentemente deu por si a abdicar do seu sonho, do seu modo de vida do seu amor pelo mar, da sua ânsia de se tornar um herói.
Noboru, como todas as crianças, sonha em ser um herói. Vive em contradição entre a criança que admira o marinheiro, pois ele já viveu aventuras que ele só se atreve a sonhar, e o adolescente que abomina a mediocridade de um homem que desistiu de uma vida de aventuras para ficar ao lado de uma mulher.
Como todos os adolescentes, faz parte de um grupo, onde todos obedecem ao Chefe, praticando actos de pura maldade que eles pensam quebrar com a cadeia de tabus sociais que condicionam os heróis.
Este livro faz-me pensar: será que não vivemos de forma insignificante e gratuita, ligados a uma série de tabus sociais que nos formatam e nos transformam em corpos sem alma?! Será que não procuramos em pequenos actos sem heroísmo, ser os heróis que nos disseram trazer significado á nossa vida?! Será que nos esquecemos de respeitar e amar o Deus que habita em nós e que ao deixar de ser importante se refugia bem dentro do nosso coração á espera de um simples raio de luz para se manifestar?!
Yukio Mishima, pseudónimo de Kimitake Hiraoka, nasceu em 1925 e morreu a 25 de Novembro de 1970, praticando o ritual japonês seppuku. Viveu a sua vida pautado pelas tradições militares e espirituais dos samurais, o seu idealismo está presente na sua obra.
Á primeira vista é uma linda história de amor, como tantas outras.
A senhora Fusako é uma viúva que reside em Yokohama. Dona da uma conceituada boutique, tem um filho, Noboru, de treze anos. Conhece e apaixona-se por um marinheiro.
Ryuji Tsukazaki é um marinheiro que se apaixona por uma viúva com um filho de treze anos.
Noboru cresceu sem pai e agora a mãe apaixonou-se e a casa onde moram tornou a ter um senhor, quem sabe um pai.
Pois, á primeira vista é assim, mas é incrível como um livro com cento e setenta páginas tem muito mais.
Ryuji Tsukazaki sempre se manteve distante de todos pois sempre achou que estava á espera de ser alguém, de fazer algo grandioso que o aproximasse de Deus, que fizesse com que ele se sentisse especial, se sentisse um herói. Surpreendentemente deu por si a abdicar do seu sonho, do seu modo de vida do seu amor pelo mar, da sua ânsia de se tornar um herói.
Noboru, como todas as crianças, sonha em ser um herói. Vive em contradição entre a criança que admira o marinheiro, pois ele já viveu aventuras que ele só se atreve a sonhar, e o adolescente que abomina a mediocridade de um homem que desistiu de uma vida de aventuras para ficar ao lado de uma mulher.
Como todos os adolescentes, faz parte de um grupo, onde todos obedecem ao Chefe, praticando actos de pura maldade que eles pensam quebrar com a cadeia de tabus sociais que condicionam os heróis.
Este livro faz-me pensar: será que não vivemos de forma insignificante e gratuita, ligados a uma série de tabus sociais que nos formatam e nos transformam em corpos sem alma?! Será que não procuramos em pequenos actos sem heroísmo, ser os heróis que nos disseram trazer significado á nossa vida?! Será que nos esquecemos de respeitar e amar o Deus que habita em nós e que ao deixar de ser importante se refugia bem dentro do nosso coração á espera de um simples raio de luz para se manifestar?!
Yukio Mishima, pseudónimo de Kimitake Hiraoka, nasceu em 1925 e morreu a 25 de Novembro de 1970, praticando o ritual japonês seppuku. Viveu a sua vida pautado pelas tradições militares e espirituais dos samurais, o seu idealismo está presente na sua obra.
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