sábado, 25 de julho de 2009

SUL Viagens - Miguel Sousa Tavares


Desta vez não há desculpa: falta de tempo; os livros são grandes; gosto mais de aventuras do que de romances; esqueci o que estava a ler e não me apetece recomeçar; escolhi este livro pois penso que não há nada como um bom livro sobre viagens para as férias, as histórias são pequenas e lêem-se de uma assentada, ficando apenas a sensação de que soube a pouco e que ainda ficamos por lá … a viajar.
Miguel Sousa Tavares herdou de sua mãe, Sophia de Mello Breyner, o dom da escrita, ele próprio se intitula como sendo um contador de histórias, e é!
As nossas férias começam na Amazónia, a última fronteira por descobrir. Somos guiados numa viagem de sonho, ainda possível mas, cada vez mais longínquo devido á ambição do homem, que está a levar a floresta á sua destruição.
Do último paraíso na terra viajamos através do tempo, até civilização egípcia, parece que estamos há 5 mil anos atrás, nas margens do rio Nilo, ao visitarmos o Museu do Cairo e as pirâmides.
Damos um rápido salto a Goa para ver os traços deixados pelo nosso povo nessa terra tão distante e exótica, descansamos um pouco nas paradisíacas praias das ilhas de Cabo Verde, voltamos a casa para testemunhar a desertificação do Alentejo para logo em seguida partirmos para uma das maravilhas que se construíram mesmo aqui ao lado: Alhambra, a herança árabe entranha-se em nós e inspira-nos a partir para Marráquexe e seguimos o seu conselho, partindo rapidamente para a Costa do Marfim.
África entranha-se em nós e nunca mais nos larga. Em São Tomé e Príncipe percebemos onde o autor foi buscar a inspiração para a sua obra “Equador”. Mudamos de civilização e acordamos na Tunísia, onde o azul e o branco predominam e onde encontramos de tudo: praias, montanhas, desertos, cidades, aldeias berberes e templos romanos.
Quase a terminar, passeamos de Buggy pelos extensos areais de Natal e Fortaleza e visitamos a ilha de Guadalupe sentindo-nos um pouco como Cristóvão Colombo quando em 1493 a descobriu. A última etapa da viagem é feita pelo deserto do Sahara, vinte e oito dias de aventura na pista e Tamanrasset.
Vale a pena viajar pela mão deste jornalista que nos leva aos sítios e nos faz sentir como se de facto lá estivéssemos, partilhando as suas aventuras.
Boas férias.

Sem comentários: