Já não é a primeira vez que vos escrevo acerca de um livro deste escritor, espero sinceramente que não seja a última, sou fã. Os seus livros têm acompanhado o meu crescimento emocional. Eles inspiram-me e fazem-me meditar em quem eu sou como pessoa e ajudam-me a reconhecer as minhas falhas e aquilo que precisa de ser modificado.
Sempre que sei que um dos seus livros vai ser lançado, conto os dias ansiosamente para correr á livraria mais próxima e começar imediatamente a devorar as palavras. Todos os livros que eu tenho do Paulo Coelho estão sublinhados, cheios de anotações que eu volta e meia torno a reler para encontrar uma frase ou uma palavra que me ajuda a permanecer no meu caminho de amor e fé para me tornar em cada dia um ser humano melhor.
A sensação que eu tive nas primeiras páginas de O Aleph foi que este livro tinha sido escrito para mim. Identifiquei-me com todas as questões que assolavam a alma do autor. As suas dúvidas eram as minhas. “Qual o sentido da vida? Porque não estou a progredir? Qual a razão de ver o mundo espiritual a distanciar-se cada vez mais?”
Seguindo o conselho do seu Mestre, Paulo compromete-se a visitar vários países, aproveitando uma digressão de promoção de um dos seus livros. Uma das viagens leva-o a percorrer um dos maiores caminhos-de-ferro do mundo, o Transiberiano, atravessa Rússia, ao longo de cerca de 9288 km, passa por sete fusos horários diferentes, quando se parte de Moscovo á noite, já o dia já nasceu em Vladivostok, a última estação.
“A alma da Turquia entregará ao seu marido todo o amor que possui. Mas irá derramar o sangue dele antes de revelar o que procura.”
Ao longo da viagem o autor vai acordando novamente para a vida, para os pequenos gestos do quotidiano que nos aproximam de Deus. Vai acordando para a vida, pois é a viajar que Paulo Coelho se liga com o divino. Nesta viagem ele encontra-se com o seu passado, e encontra uma resposta que procurava há muitos anos “não é o que fizeste na tua vida passada que vai afectar o presente. É o que fazes no presente que redimirá o passado e logicamente mudará o futuro”.
Paulo Coelho nasceu no Rio de Janeiro em 1947, teve várias profissões até se tornar num dos autores mais vendido em todo o mundo, cerca de 130 milhões de livros inspiram todos os dias alguém.
Boa leitura!
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